FERNANDO CHALANA: O "ASTERIX"

Fernando Albino Sousa Chalana, também conhecido como o “Asterix” ou “Chalanix” nasceu a 10 de Fevereiro em Barreiro. Este génio da história portuguesa de futebol apresentava características próprias e surpreendentes no seu aspecto físico: era um homem de tamanho pequeno, cabelos compridos e com um bigode grosso. Características invulgares num génio inesquecível.

A sua carreira futebolística iniciou no Futebol Clube Barreirense, no entanto este homem teria outra paixão a idade juvenil: o atletismo, mas a paixão pelo futebol que falou mais alto. Com apenas 14 anos Fernando Chalana apresentou-se no clube de pequena dimensão, o Barreirense, no qual permaneceu pouco tempo.

O «miúdo do Barreiro» atraiu o interesse de dois grandes clubes de destaque: do S.L.Benfica e do Sporting.C.P, mas foi o S.L.Benfica o clube que conseguiu a aquisição deste génio.

Após negociações confusas, desconhecidas inicialmente pelo próprio jogador, Chalana foi lançado na equipa principal do S.L.Benfica por John Mortimore, a 6 de Março de 1976. Teria apenas 17 anos e entrou para o lugar de Toni. No ano seguinte a sua estreia, o clube da Luz realizaria todos os seus jogos com a sua titularidade indiscutível. Na época seguinte, tornou-se o segundo melhor mercador do campeonato atrás da estrela Nené.

Com apenas 17 anos estriou-se pela Selecção Nacional sob o comando de José Maria Pedroto. Perante a Dinamarca, Chalana apresentou um bom futebol, jogo que Portugal acabou por vencer 1-0.

A sua maturidade futebolística no seio da equipa das quinas foi atingida e verificada no Europeu de 84, em França. Desde 66 que Portugal não apresentava combates nos topos das competições, mas eis o nosso país de volta atingindo as fases finais do campeonato de Europa. Um confronto difícil perante a França. Estávamos em frente do mercador e ainda nos prolongamentos, numa meia-final em que Chalana soube por em prática as suas fantásticas assistências para o goleador Jordão. Mas é que Portugal não aguentou essa vantagem e perdeu o encontro no final do jogo.

Deu nas vistas e foi então que Chalana decide emigrar. Foi para França e assinou um contrato com o Bordéus. Mas o génio “Asterix” não foi feliz. Após uma lesão grave na coxa e um tratamento mal sucedido, voltou para as suas origens: O Benfica. No Estádio da Luz, voltou a jogar de “águia ao peito”. Foi respeitavelmente aplaudido por todos: pelos companheiros e pelo público adversário no momento da sua substituição.

Mas, infelizmente, voltaram as lesões, como nos tempos anteriores. Após mais um sucesso deste génio, Fernando Albino Sousa Chalana voltou a ter uma paragem. Certamente triste e desiludido, sairia do Benfica. Jogou ainda pelo Belenenses e pela Estrela Amadora.

Tornar-se-ia treinador após a sua carreira ter acabado. Primeiro nas camadas jovens, mais tarde subiu nessa direcção e assumiria o comando de equipas seniores de menor dimensão. E voltou para o Benfica enquanto técnico-adjunto do S.L.Benfica.


Palmarés:

· 3º lugar no «Europeu» de França-84
· Campeão nacional da I Divisão (1975/76)
· Campeão nacional da I Divisão (1976/77)
· Vencedor da Supertaça (1979/80)
· Campeão nacional da I Divisão (198081)
· Vencedor da Taça de Portugal (1980/81)
· Campeão nacional da I Divisão (1982/83)
· Campeão nacional da I Divisão (1983/84)
· Campeão nacional da I Divisão (1988/89)
· Vencedor da Supertaça (1988/89)

OCEANO ANDRADE DA CRUZ: O GUERREIRO

Oceano Andrade da Cruz nasceu em são Vicente, Cabo-Verde, 29 de Julho de 1962. Jogador já retirado do futebol, merece um destaque relevante pela careira desenvolvida a nível de clubes bem como pelo esforço e empenho demonstrado na Selecção Nacional.

Ainda jovem, Oceano da Cruz veio de Cabo-Verde juntamente com a sua família para Portugal no qual mais tarde veio a integrar à equipa de Almada FC. Em 1980, abandonou o seu clube de infância para integrar a equipa do Nacional da Madeira ocupando um lugar no meio campo. A sua entrega e a sua força física admiradora deram nas vistas desde jovem sendo mais tarde adquirido pelo Sporting.

Representou a camisola do Sporting em quatro épocas (de 1982/1983 a 1989/1990, e de 1994/1995 a 1997/1998) sendo um jogador concentrado e muito constante apesar não ter ganho um campeonato ou Taça de Portugal.

Oceano teve no entanto a sua primeira experiencia internacional, tendo ido para o campeonato Espanhol na equipa do Real Sociedade. Jovem talentoso demonstrou possuir boas qualidades, apresentava garra e uma boa capacidade física.

Após esta experiencia fora de Portugal, Oceano da Cruz voltou para o seu antigo clube, o Sporting. Em 1998, acabou por ingressar numa nova experiencia internacional, no Toulouse FC.

Oceano Andrade da Cruz deixou igualmente a sua marca na “Selecção das Quinas”. Realizou 54 jogos nos quais marcou 8 golos. Estriou-se a 30 de Janeiro de 1985 frente á Roménia e conclui o seu último jogo frente a Inglaterra em 1998, onde saiu derrotado em ambos os jogos.

ANTÓNIO VELOSO: O BENFIQUISTA

António Velosos representa sem qualquer margem de dúvida uma referência, a minha referência. Admirador de jogadores de futebol nacional, Veloso apresenta características próprias pouco vistas em mais jogadores. A “Raça”, a luta e o fulgor exemplar e único deste antigo jogador deveria servir de exemplo a muitos outros que ainda hoje jogam.

De família humilde, Veloso iniciou a sua carreira futebolística, em 1977, no Sanjoanense no qual permaneceu uma época. Desejado por diversos clubes, foi o Beira-Mar que conseguiu possuir este belíssimo jogador e seguidamente transferiu-se para o S. L. Benfica.

Estreou-se de “águia ao peito” em 1980 frente ao Boavista no qual teve o apoio de outras glórias a não serem esquecidas tais como o Humberto Coelho ou o Chalana, entre outros.

Na primeira época António Veloso, teve uma presença constante embora ainda não fosse considerado como titular indiscutível. A partir da segunda época consegui obter essa titularidade desejada e não a perdeu até ao final da sua carreira.

Capitão durante 7 anos de “águia ao peito”, Veloso jogava de raiz a defesa-direito embora tenha apresentado uma óptima polivalência o que lhe permitiu jogar igualmente na defeca central, esquerda bem como a trinco tal como o seu filho, Miguel Veloso.

Veloso apresente alguns aspectos negativos da sua carreira nos quais ter falhado uma grande penalidade frente ao PSV na final da Taça dos Campeões de 1988. Outro triste momento ocorreu quando viu um amarelo que lhe tirou a possibilidade de jogar a final de 1990. No entanto, Veloso não se resume a esses momentos negativos, pois a sua entrega e dedicação permitiram a diversas conquistas ao clube de Lisboa.

Veloso, uma glória, um génio que ficará no coração dos benfiquistas bem como dos portugueses.

Palmarés:

Ø - 7 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão
Ø - 6 Taças de Portugal
Ø - 2 Supertaças “Cândido de Oliveira” (1984/85 e 1988/89)
Ø - 4 Taças de Honra da A. F. Lisboa
Ø - 1 Taça Ibérica (1983/84)
Ø - 2 Finais da Taça dos Campeões Europeus (1987/88 e 1989/90)
Ø - 2 Finais da Taça das Taças (1980/81 e 1993/94)
Ø - 1 Final da Taça U.E.F.A (1982/83)


Percursos Professional:
Ø - 42 Internacionalizações A
Ø - 15 Anos jogador do Sport Lisboa e Benfica, 8 dos quais como capitão de equipa
Ø - 658 Jogos realizados pelo Benfica (até aos 38 anos de idade)

JOSÉ MOURINHO VENCE A LIGA DOS CAMPEÕES 2009/2010

O génio,treinador português, José Mourinho, conseguiu realizar um feito histórico, só alcançado por muitos poucos treinadores: venceu duas Ligas dos Compeões ao serviço de clubes diferentes. Tal feito foi alcançado ao serviço do F.C.Porto na época 2003/2004 e ao serviço do Inter de Milão na mais recente Liga Milionária de 2009/2010.

A equipa de José Mourinho, o Inter de Milão, já não vencia esta competição desde 1965, podendo mesmo dizer que o grande objectivo pela contratação do português visava essencialmente atingir este feito. Esta vitória histórica foi realizada no Santiago Bernabéu contra a poderosa equipa do Bayerne de Munique.

Este triunfo europeu garantiu o pleno na época 2009/2010 sendo a única que consegui alcançar o trio (Campeonato, Taça de Itália e Liga dos Campeões).

Para chegar até à final, o Inter eliminou equipas como o Barcelona, anterior detentor do troféu, o Chelsea, antiga equipa treinada por Mourinho, assim como o CSK Moscovo. Já o Bayern de Munique eliminou a Fiorentina, o Man. United e o Lyon.

Até ao apito inicial as grandes figuras deste encontro seria o confronte entre o treinador holandês Louis van Gaal e o seu antigo adjunto no Barcelona, José Mourinho.

Relativamente ao jogo, destaca-se Diego Milito tendo sido considerado o melhor jogador do encontro tendo bisado com golos aos minutos 35´ e 70’. O encontro em si, foi dominado pela equipa alemã que materializou esse domínio em posse de bola, no entanto, não soube concretizar esse domínio no resultado. O treinador holandês afirmou no final do encontro que “quem não marca, acaba por perder. Mas eu estou orgulhoso da minha equipa. O Inter é uma equipa muito difícil. Acho que apresentámos um futebol bonito, mas tivemos pouco espaço para atacar". Já o treinador português José Mourinho afirmou “É mais provável que parte do que permaneça. Quero ser o único treinador a vencer a Liga dos Campeões em três clubes diferentes”. Adivinha-se que poderá ficar no próprio estádio onde se realizou a final, no Santiago Bernabéu.